Os Sofrimentos do Jovem Frankstein (RESENHA - Frankstein, Mary Shelley)
- Bia Leal
- 18 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
Publicado em 1818, o livro “Frankstein”, de Mary Shelley possui o estilo “Science Fiction”, além de ter a presença da metalinguagem narrativa e a ausência do maniqueísmo. Em seu romance, Shelley faz uma crítica social ao comportamento e cinismo burguês, apresentando a hipocrisia decorrente da época.
Mary Wollstonecraft Shelley, mais conhecida por Mary Shelley, nasceu em 30 de agosto de 1797 em Londres e teve como conjugue o poeta Percy Bysshe Shelley. Ainda em vida, a escritora britânica foi reconhecida como uma grande romancista, deixando-nos não só “Frankestein"(1818), mas também obras como: “Faulkner” (1937), “Mathilde” (publicada em 1959), “Lodore” (1835), “Valperga” (1823) e “O Último Homem” (1826). Mary Shelley morreu de câncer cerebral no dia 1 de fevereiro de 1851, aos 53 anos, em Londres.
Foi em Genebra, aos 19 anos e após um desafio proposto por seu marido que Mary Shelley concebeu sua obra mais famosa, um romance de terror e prelúdio da ficção científica, onde a personagem principal é motivada pelo egocentrismo e pelo desejo do eu, rendendo diversas adaptações, inclusive uma contada pelo escritor Ruy Castro e publicada pela Companhia das Letras em 1994.

O livro conta a história de Victor Frankstein, um burguês de 19 anos e nativo de Genebra, que vai estudar na Suíça, objetivando torna-se reconhecido em sua área, através de vários estudos e experiências cientificas. Durante a história, diversos acontecimentos levam o jovem Frankstein à criar uma criatura que é denominada pejorativamente no livro como “demônio”, “monstro” ou “diabo”. A criatura muda completamente a vida de Victor, resultando em um final trágico para o romance.
A obra de Mary Shelley apresenta características românticas, assim como o também prestigiado escritor Johann Wolfgang von Goethe apresenta em seu livro, “Os Sofrimentos do Jovem Werther”.
Goethe lançou a obra que introduziu o Romantismo na Europa e que, curiosamente, rendeu uma onda de suicídios na época de sua publicação, enquanto Mary Shelley, apresenta um clássico do estilo gótico romântico, que conduz ao horror e acaba influenciando muitos outros escritores até hoje.
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